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    O que as pessoas vão falar sobre você no seu velório? Ou será que vai ter alguém lá?

    Em menos de 1 ano enfrentamos a 2ª morte na família. A tia do meu esposo morreu e a enterramos hoje. Passamos a noite no velório ouvindo histórias sobre ela.

    Fiquei pensando sobre o legado que deixamos para quem convive conosco. Mais que isso, se estamos vivendo nossas vidas. O que as pessoas vão lembrar de nós? Os posts legais que fizemos ou sobre quem somos de fato?

    Tem muita gente deixando de viver a própria vida para viver a vida dos outros. Pensam que vida é fazer posts “lacradores”. No velório dela o que mais ouvi foi sobre o quanto ela era generosa e ajudava as pessoas, sem outros saberem. Toda hora alguém dizia sobre algum momento da vida em que ela ajudou.

    Que nosso legado não seja apenas posts ou discussões em redes sociais. Mas, que seja atitudes que marcaram pessoas e isso será eternizado no coração de cada um.

    Na hora do enterro observei as milhares de placas ao meu redor. Tantos nomes e datas… quantas histórias e sonhos estão enterrados ali? Quanta saudade guardada nos corações de quem ficou? Quanta gente sequer é lembrada.

    A vida vai continuar mesmo quando você estiver nos 7 palmos abaixo da terra. Doa a quem doer. A maioria de nós serão esquecidos porque não soubemos viver. Esta geração mimizenta que se denomina especialista de causas e bandeiras, que não respeita a opinião de ninguém. Apenas o que acreditam é o certo.

    Deus tenha misericórdia de nós. A vida é muito curta para não se deixar ser feliz. Pare de se incomodar com a vida dos outros e viva sua própria vida.

    P.s.: Desabafo de um coração doído com a partida de mais uma pessoa deste mundo.

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    Você é cristão? O preconceito do lado de cá

    “Assim, como diz o Espírito Santo:
    Hoje, se vocês ouvirem a sua voz,

    não endureçam o coração…” (Hebreus 3.7-8)

    O texto hoje não é dica para comunicação e mídias sociais. É algo um pouco mais pessoal. Já parou para pensar como nós tratamos as pessoas não cristãs? E como tratamos as pessoas cristãs? Parece tudo tão doce, meigo e generoso, não é mesmo? Mas, na verdade, tenho tido algumas experiências no ambiente cristão que tem me assustado muito. Será que só tem acontecido comigo ou também com vocês?

    Muita gente conversa comigo a respeito destes 11 anos em que trabalho com Comunicação em igrejas e ministérios. De fato, sou uma privilegiada. Me converti na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte/MG, no ano de 2003. Cheguei em uma igreja que sempre investiu em novas tecnologias e maneiras diversas de expandir e pregar o Evangelho com mais eficiência.

    Desta vez venho aqui não para falar da alegria que é servir ao meu Rei Jesus como jornalista, consultora, palestrante ou escritora. Hoje venho aqui falar com vocês como filha de Deus, como mulher, mãe e pessoa. Nesta última década estive nos mais diversos tipos de eventos cristãos pelo Brasil. Como é bom ver o povo junto adorando a Deus. Mas, convenhamos, nem sempre as coisas nestes eventos são assim.

    Recentemente estive em pelo menos 4 ou 5 grandes eventos diferentes. E apesar de todos serem “cristãos”, tinham públicos muito diferentes. E o que venho falar aqui é sobre algo para falar dentro de casa mesmo, venho falar sobre PRECONCEITO dentro da igreja. Aquilo de você tratar alguém bem por causa do que ela pode te oferecer ou ao contrário, tratar de qualquer maneira porque aquela pessoa não parece ter nada de bom para você.

    “Uau, Elis, está doida? Somos crentes em Cristo, amamos uns aos outros e nos respeitamos! Como você vem falar sobre preconceito dentro da igreja?” Sinto te dizer, caro leitor, que a vida não é bem assim. Já senti na pele vários tipos de preconceito, o principal deles o de estar obesa. “Oh Elis, você tem o rosto tão bonito, por que não emagrece?”, preconceito por não usar roupas de marca ou da moda, preconceito por não fazer parte do clubinho AA dos ricos e famosos da igreja. Sinceramente, tenho visto muita hipocrisia cristã e isso tem me incomodado. Conheço minha identidade em Cristo e sei que Ele me ama apesar de qualquer coisa. Glória a Deus por isso. Outro dia ouvi a pregação de um pastor falando sobre a Parábola da ovelha perdida (Lucas 15) e em como nós nos enquadramos mais como fariseus do que os que são de Jesus. Chocante.

    Estou aqui para falar à vocês de um outro tipo de preconceito. Aquele que diz: “quem é você para falar comigo?”. Em um destes eventos eu criei uns panfletos bem bonitinhos, em que compartilhei neles dicas práticas para melhorar as redes sociais de igrejas e ministérios. Amados, paguei do meu bolso (e do meu marido, claro) com muita alegria com o objetivo de levar conhecimento técnico que possa ajudar a melhorar a estratégia de Comunicação das igrejas e ministérios. Por diversas vezes ao tentar entregar um destes panfletos fui olhada dos pés a cabeça e ignorada. IGNORADA. A pessoa fingia que não me ouvia. Lembra do contexto? Em um evento cristão onde as pessoas, em tese, estão ali para se conhecer, se abençoar ou compartilhar conhecimento. Eu não estava vendendo nada para ela, estava oferecendo conhecimento gratuito.

    Em um dos momentos mais estranhos e toscos que vivi, encontrei um autor best-seller do meio gospel no Brasil, estava super próximo de mim. Aproximei. “Paz do Senhor, pastor, que alegria…”, antes mesmo que eu pudesse dizer qualquer coisa ele viu o folheto na mão e me interrompeu dizendo. “Não tenho o menor interesse em saber disso”. Sabe aquela história? Se você não é famoso, se você não tem algo que pareça relevante pra mim, você não me interessa.

    Irmãos, por vezes nestes últimos meses eu orei a Deus sobre isso. Não sou uma pessoa conhecida, não sou famosa, não sou ninguém. Apenas uma serva do Senhor que tem tentado ensinar a igreja a usar a comunicação com mais consciência. Sabe, aquele lance da vergonha alheia de ver tanta gente falando besteira na Internet? Pois, é, meu chamado é ensinar as pessoas a não fazerem EXATAMENTE isso. Não tenho conseguido e falhado muito… simplesmente porque irmãos/irmãs que poderiam também ser referências nesta área preferem se relacionar com o cantor gospel do momento a dar um bom testemunho.

    Sempre me pergunto: “o que será que Jesus faria no meu lugar?”. Eu sei a resposta, Ele perdoaria e continuaria a caminhada dele. Por vezes já pensei em parar e desistir. Aquela história: “bora arrumar um emprego e viver honrando o Senhor onde eu estiver”. Mas, não adianta, arde no meu coração falar sobre a importância da Comunicação e do meio digital para as igrejas nos dias de hoje.

    Em um outro evento, mais worship, fui como congressista, como outro qualquer. Fui conhecer o pessoal, fazer networking, falar das coisas de Deus. Amados, simplesmente em todas, TODAS, as rodinhas que cheguei para entregar este folheto com dicas de Mídias Sociais eu fui ignorada e olhada de cima a baixo. Por que? Talvez por eu estar obesa? Por eu aparentar ser mais velha e com um look não tão descolado quanto ao da turminha. Minha decisão foi, Senhor, eu vim aqui para te adorar e continuarei fazendo isso. Poucas vezes fui tão agraciada por Deus como neste evento. O Senhor me encheu de novos sonhos e planos. Restaurou sonhos antigos. Sim, Ele faz, apesar de nós.

    No evento mais recente fui apresentada para uma infinidade de pessoas. “Ah, a Elis escreveu um livro sobre Mídias Sociais para igrejas, ela tem dado treinamentos na área, pesquisa e conhece bastante sobre o assunto”. Algum tentou me introduzir no grupo. A reação das pessoas: “ah, que bom, vamos jantar? Estou morrendo de fome e preciso dormir”, virando as costas pra mim. Sim, fui ignorada totalmente. Que sem graça. Se Jesus, foi desprezado… Ele disse que passaríamos por aflições.

    “Foi desprezado e rejeitado pelos homens,

    um homem de dores e experimentado no sofrimento.
    Como alguém de quem os homens escondem o rosto,

    foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.” (Isaías 53.3)

    Sabe por que eu faço o que eu faço hoje? Porque Jesus me chamou. Ele morreu por mim e o que de mais precioso poderia me acontecer está pago. Louvo ao Senhor por isso. E o mínimo que posso fazer é entregar quem eu sou, tudo que sou, os dons e talentos para serví-lo e exaltá-lo. Melhor do que dar qualquer carteirada como jornalista ou seja lá o que for é ser eu mesma, Elisandra, filha de Deus. Alguém que tem recebido desta graça maravilhosa ao acordar todos os dias.

    Trabalhar no meio cristão não é tão cor-de-rosa como pode parecer. Trabalhar no meio cristão pode parecer um pouco mais com um sepulcro caiado do que com um belo jardim. Sabe por que escrevi este texto? Para que se você, teve paciência de ler até aqui, prestar atenção no seu comportamento “cristão” por onde passa. Será que você se parece tanto com Jesus como você pensa? Será que você inclui ou exclui as pessoas na conversa? Será que o motivo de você frequentar uma igreja, um show ou uma conferência workship é os Stories “massa” que você vai produzir?

    Cuidado, Jesus está voltando. E você vai prestar contas do sangue de todos aqueles que passaram por você.

    Elis
    Uma ninguém, transformada em alguém pelo sangue maravilhoso de Jesus.

     

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    Mais amor – de Deus e ao próximo – por favor!

    Você consegue amar o seu próximo? • Eis algo difícil, porém, essencial na caminhada do cristão. Jesus mesmo nos ensinou sobre amar o próximo como a si mesmo. Eu acredito que tem muito a ver com empatia. 
    👀 Há pouco tempo li um texto (me perdoem, não lembro onde) perguntando sobre nossas reações diante de algumas situações cotidianas. 
    ➡️ Quando alguém te conta que está passando mal você: diz que tb está passando mal, ou que já passou muito mais mal que a pessoa, ou simplesmente pergunta se pode ajudar com algo? 
    ➡️ Quando alguém comenta sobre um curso que fez, você: conta que tb tez um curso muito bom, ou diz que fez um curso melhor, ou simplesmente ouve com atenção o que a pessoa tem a dizer sobre o curso que ela fez? 
    🤓 Substitua estes exemplos por viagens, filhos, trabalho, igreja, ministério, filmes, livros, etc.. Será que você consegue conversar sem interromper a outra pessoa tentando mostrar que você é melhor ou tão bom quanto? Desde o dia que li o tal texto comecei a ouvir mais e falar menos. Deixar que as pessoas concluam as frases e pensamentos delas, sem atropelar. Nem todo mundo pratica empatia, mas, tudo bem. Quem sabe aprenderão com você? 
    ☺️ Como canta a Marcela Tais a vida vai passar rápido. Aprenda a se importar mais com o que as pessoas tem a dizer, a não ser contra tudo ou a favor de tudo. Simplesmente SEJA VOCÊ. • Quando sabemos de onde viemos e para onde vamos tudo se torna tão mais fácil e mais leve. 
    ❤️ “Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.”

    ‭‭(Filipenses‬ ‭3.13-14‬)

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    Por que as pessoas entendem tão pouco sobre o próprio negócio?

    Trabalhar em Consultorias de Marketing Digital tem aberto meus olhos para uma realidade muito dura. As empresas não conhecem bem o negócio que administram. Segundo dados da Junta Comercial de Minas Gerais, cerca de 20 empresas fecharam por dia no estado, em 2016.

    Tenho visto a falta de entendimento do próprio negócio em diversos setores. Presto serviços para diversos segmentos, como arquitetura, moda, entretenimento, finanças, educação, evangélicos etc. A questão é que muitas vezes o sócio, gerente, administrador está focado em questões burocráticas e se esquece da importância da Comunicação e do Marketing Digital.

    Quantas vezes ao agendar reunião com alguma liderança encontro dificuldades para apresentar até mesmo um relatório de diagnóstico da marca. “Vivo ocupado”. Penso que quem vive ocupado, pode não perceber quando o barco está afundando.

    Outras vezes, percebo instituições que não sabe quem é o público-alvo. Ou seja, se o negócio é movido por clientes e ele não sabe com quem pretende falar, como terá uma comunicação assertiva?

    Se posso falar aqui com CEOs, gerentes e líderes de empresas, eu diria para que administrem melhor o tempo para conhecer com mais profundidade o próprio negócio.

    A Análise SWOT (Forças, Fraquezas, Ameaças e Oportunidades) tão estudada no Marketing tradicional continua valendo mais do que nunca. Ter claramente quais são as forças e fraquezas do negócio, pode ajudar a antecipar cenários, se preparar para as ameaças e identificar reais oportunidades no mercado. Saber quem são seus concorrentes e as práticas deles, inclusive, nas Mídias Sociais pode nortear suas estratégias.

    Tenho visto diversos segmentos que usam as Redes Sociais massivamente, mas, apenas para cumprir tabela. Reclamam que não conseguem bons resultados na Internet, mas, não investem em profissionais, planejamento estratégico, implementação e manutenção dele.

    Quantas vezes perguntei para gestores qual o público deles na Página do Facebook ou qualquer outra rede e eles não tinham ideia. Nem sabia que era possível checar estas informações na própria rede.

    Muitos não tem ideia de com quem estão falando e nem com quem querem falar!

    Geralmente as marcas que têm conseguido visibilidade nas Mídias Sociais entenderam que ali não é apenas um espaço informativo, mas, interativo. As pessoas esperam ser respondidas, ouvidas e atendidas com eficiência (na Internet ou fora dela).

    Por que as pessoas entendem tão pouco sobre o próprio negócio? É porque estão tão ocupados em serem ocupadas, que não tem tempo para enxergar as necessidades do cliente e a essência da marca.

    Onde estão os famosos Missão, Visão e Valores? Guardados em algum quadro na gaveta. Infelizmente.

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    Isso não é sobre gordofobia

    Muita gente pensa que ser gordinho é questão de doença, de caráter, de glutonaria.
     
    Mas, fico pensando… porque não podemos ser felizes com o biotipo que temos? Sinceramente, batalho bastante para não engordar, mas, já tem cerca de 4 anos que fico na mesma faixa de peso. E sabe qual o problema disso?
     
    Nenhum!!!
     
    Me sinto bem como sou, como estou. Meu amor me ama assim. E já tivemos diversos acordos a respeito disso rsrs. Não preciso ficar magra esquelética para ser feliz. Também não quero virar um blimp. Mas, precisamos entender que felicidade não é peso, não é dinheiro e nem status.
     
    Felicidade é acordar todos os dias, ter as pessoas que amamos por perto (mesmo as que estão longe fisicamente). Ter amigos, os verdadeiros. Fazer o que se gosta, ter um objetivo de vida. Fazer atividade física é uma delícia (particularmente, amo uma boa caminhada. Meu pé não me permite correr).
     
    Vejo tanta gente sofrendo postando fotos diárias na academia tentando buscar um estilo de vida que não vão sustentar. Não por um bem estar próprio, mas, para mostrar aos outros que emagreceram e são “felizes”.
     
    Já ouvi frases do tipo:
    – Elis, você é tão bonita de rosto, já pensou em emagrecer?
    – Deve ser difícil encontrar roupa para comprar, né?
    – Você tem hipotireoidismo? Pode ser por isso que você é gordinha.
    – Já pensou em fazer redução de estômago?
    – Elis, imagina você magra!
     
    Mas, também já ouvi meu pai me dizer que eu sou uma mulher muito linda. Já ouvi minha médica me dizer que eu tenho o biotipo assim (ela que me acompanha há 15 anos), que se meus exames estão ok, devo continuar como me sentir bem.
     
    Não, gente, tanto do lado da minha mãe, quanto do meu pai, a família tem o biotipo para serem mais cheinhos mesmo. Fui brindada pela vida. Sou assim.
     
    Se tem algo que o excesso de peso deve preocupar sempre é a respeito dos problemas na saúde, depressão, pressão alta, diabetes, colesterol, entre tantas outras questões de risco.
     
    Está acima do peso? Os exames estão em dia e ok? Pronto, seja feliz. Não viva se comparando. Você é o que está por dentro e não por fora.
     
    Há quem avalie o outro pelo peso, mas, eu valorizo quem se relaciona com as pessoas pelo caráter.
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    Detox Digital

    Fiquei sete dias totalmente off-line, na roça, ouvindo pássaros, curtindo minha filha, meu amor e minha família.

    15894914_10210422171204434_611722160981311642_nFoi uma das melhores viradas de ano de todos os tempos. Estava precisando desta pausa.

    Voltei a trabalhar e somente hoje tive um tempinho para ver minha timeline no Face. Tantos posts demonstrando raiva, frustração, tristeza, rancor… Já pensaram em fazer um detox de redes sociais?

    Sabem que amo meu trabalho, mas, faz um bem sensacional aquietar o coração fora da Internet. E olha, minha vida está longe de ser um mar de rosas. Pelo contrário, quem anda comigo de verdade sabe o momento difícil que estou passando.

    Mas, lembre-se… Nem todo mundo merece saber da sua vida. Por mais que as redes nos estimulem a fazer postagens sem fim, preserve sua intimidade.

    A Bíblia diz em Provérbios 17.28: “Até um tolo pode se passar por sábio e inteligente se ficar calado”.

    15823185_10210422170684421_7239168617599026491_nCreio que vale a pena começar o ano repensando como utilizamos o meio digital. Não permita que as más notícias e lamentações nas redes sociais influencie seu dia a dia. Por mais que ele facilite nossas vidas, para muitos tem se tornado um peso, um ambiente onde vomitam suas mazelas… Pense sobre fazer um Detox Digital. Creio que vai te fazer muito bem.

    Feliz 2017!

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    Recursos Humanos nem tão humanos assim

    Estou há 22 anos no mercado de trabalho. Comecei a trabalhar bem cedo, ainda adolescente. Tive diversos tipos de patrão, e obviamente, lidei com vários setores de Pessoal. Se não me engano, falávamos Departamento Pessoal e depois virou Recursos Humanos, o famoso RH.

    Trabalhar com pessoas não é fácil, mas, são poucas profissões em que o profissional depende apenas dele. Nós lidamos com colegas de trabalho, parceiros, contratantes, fornecedores, e muitas outras pessoas todos os dias. E é exatamente por isso que ao longo destes 22 anos, nunca entendi por qual motivo encontrei tanta gente que trabalha em Recursos Humanos e são pessoas extremamente grosseiras ou autoritárias.

    Desde 2009 trabalho por conta própria, ou seja, tenho clientes e a relação com eles tem sido mais agradável que a relação patrão-empregado. Reforço, isso tem funcionado bem comigo, não sei se com todo mundo é assim. Mas, tomei conhecimento de duas histórias bem recentes que me fizeram escrever este texto.

    Tenho duas pessoas da minha convivência que trabalham em duas grandes empresas, de renome nacional, cada uma de um segmento diferente. Ambos relataram situações de abuso de autoridade do RH destas empresas.

    Empresa 1

    Nesta empresa funciona o sistema de banco de horas. Quando há trabalhos extras, os funcionários não podem dizer que possuem compromisso externo, pois senão são penalizados, deixam de receber a cesta básica mensal.

    Outra situação nesta mesma empresa. Mesmo com horas no banco de horas e acordo com o gerente da seção dele, foi combinado uma folga. No dia do pagamento, descobriu que perdeu o direito da cesta básica porque ele “faltou” um dia naquele mês e ainda teve o dia de trabalho descontado em reais em folha de pagamento. Mesmo se ele faltar e levar atestado médico o RH desta empresa corta o direito da cesta básica. Sem falar que esta pessoa, chegou a se ferir dentro da empresa, que tem uma enfermaria, e o funcionário preferiu não sair da empresa para ser atendido para não ser penalizado pelo RH novamente. Sem falar que esta pessoa relatou que se sentiu coagido pela funcionária deste setor. Que tipo de Recursos Humanos é esse?

    Empresa 2

    Neste segundo cenário, esta empresa também com unidades em diversas partes do Brasil, tem o RH centralizado em São Paulo. Já é difícil estabelecer um bom relacionamento com funcionários à distância. Dependendo da competência do RH é até tranquilo, pois já trabalhei em uma empresa que minha chefia era de outro estado e nunca tivemos problema. Mas, no caso desta segunda empresa, o funcionário tinha obrigatoriamente que fazer um curso de reciclagem. Uma funcionária do administrativo em BH apresentou uma série de nomes de cursos que o funcionário poderia fazer. Ele escolheu, assinou o tal documento e agendaram o dia e hora para o curso.

    Ao chegar no curso na data e hora marcada ele foi informado pela instituição de ensino que a matrícula dele não havia sido efetuada – que deixariam ele iniciar o curso pois a empresa era “parceira” da escola. Ao entrar em contato com a empresa pelo administrativo de BH, a informação enviada do RH de São Paulo é que o curso escolhido pelo funcionário – lembrando que a própria empresa apresentou os cursos para ele escolher – era muito mais caro e que a empresa não iria arcar com o curso. Que ele deveria fazer um curso mais barato. E se ele continuasse a fazer o curso escolhido, teria que arcar com as despesas do curso do próprio bolso. Resultado? Ele concluiu o curso e o certificado está retido na escola porque está no impasse se a empresa vai ou não pagar o curso.

    Fico pensando, onde está a humanidade dos setores de Recursos Humanos? Não deveriam ser estes profissionais mais sensíveis e dispostos a gerar o equilíbrio na relação empresa-funcionário? Não estou aqui para julgar os profissionais de RH, até porque, sou jornalista e não sou desta área. Mas, creio que falta mais empatia dos profissionais ao lidar com as causas, ao criar regras e gerar um bom relacionamento entre as partes.

    Sobre as duas pessoas que conheço, ambos estão desmotivados com suas empresas, em busca de recolocação profissional, em tempos de crise. Sei o nome das duas empresas, e como jornalista, tive muita vontade de denunciá-las para o Sindicato e na mídia. Ambos, não saíram do trabalho, porque assim como todos nós, precisam trabalhar. O que vocês pensam sobre isso? Há alguma solução?

    Artigo publicado originalmente no eu Linkedin: 

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    A Crise vivida por profissionais de Mídias Sociais

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    Quando falamos sobre o trabalho do Social Media por diversas vezes o cliente que vai contratar o serviço não tem ideia do que precisa e muito menos das amplitude de ações que podem ser desenvolvidas por este profissional.

    Com frequência tenho encontrado clientes que questionam os valores praticados na área e a grande variação entre um profissional e outro. Percebo que por um lado encontramos uma galera ligada em “vender” posts por dia para algumas redes sociais. Eles vivem do volume de contratos fechados. Não fazem diagnóstico da marca, planejamento ou mesmo relatórios prestando conta dos índices alcançados. Por exemplo: Cobram R$ 300,00 (trezentos reais) por mês para publicar um post por dia no Facebook, Instagram e Twitter. E olha que tem muita gente fechando este tipo de serviço, que chamo de “Postador de conteúdo”.

    Por outro lado nós temos profissionais estrategistas de Mídias Sociais que trabalham com diagnóstico, planejamento de ações, implementação (ou acompanhamento da implementação), produção de conteúdo (multimídia – texto, artes, fotos, gifs, infográficos, vídeos, etc.), monitoramento, mensuração e até mesmo, produção de campanhas de Anúncios digitais (ADS). Particularmente, trabalho com Diagnóstico, planejamento de ações e produção de conteúdo. Cada vez mais tenho me deparado com marcas que optam por ter um “Postador de contéudo” a um Estrategista/Analista de Mídias Sociais. Simplesmente por questões de preço e não de resultados. Entretanto, um bom profissional digital sabe que postagens sem planejamento não geram resultados. E como medir resultados? Os KPIs, que são índices de performance, vão ajudar a marca ter certeza se o planejamento produzido alcançou o resultado esperado.

    Quando falo em crise para os profissionais de Mídias Sociais, quero despertar a atenção de todos para a importância de conhecer bem o profissional que você contrata. O profissional tem lidado diariamente com “curiosos”que usam Redes Sociais, mas, não são profissionais qualificados para tal. Conheça os cases dele e alguns de seus resultados antes de contratar. Aprenda um pouco mais sobre o trabalho do Social Media e garanta que vai ter em sua equipe o profissional mais qualificado. Saber “mexer” ou ser “fera” em Facebook não é nada. Saia do lado do senso comum e pule de cabeça para o lado estratégico do digital.

    Em meu blog costumo compartilhar boas práticas para Redes Sociais: www.elisamancio.com.br/blog

     

    • Postado originalmente no LinkedIn Pulse: 25/11/2016.
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    Além do rosa

    outubro-rosaEstamos em pleno mês de outubro, que ficou conhecido como Outubro Rosa. Mês em que o Ministério da Saúde e diversas entidades dos setores público e privados investem em campanhas para divulgar a importância do autoexame na prevenção do Câncer de Mama.

    Estava fazendo uma ronda pelo Facebook e vi que várias marcas nos últimos dias mudaram suas logomarcas nos perfis para a cor rosa, com o objetivo de dizer “também faço parte da campanha”. Mas, observando as publicações delas percebe-se que não estão falando sobre o assunto. Colocam o rosa e acreditam que já cumpriram o papel “social” delas enquanto marca. Como profissional de Comunicação Digital fico incomodada com essa estratégia de “cumprir tabela” editorial, mas, não gerar reflexão nas pessoas.

    É mega importante falar sobre Câncer de Mama (ou seja qual for) e quem já perdeu alguém com esta grave doença sabe que não é nada fácil passar por tudo isso. Mas, falta empatia por parte das marcas. É muito possível aproveitar este mês de campanha para falar sobre o autoexame, exames de diagnóstico, sintomas, tratamento, casos de mulheres que venceram a doença. Sem falar na infinidade de conteúdo relevante sobre o tema que estão disponíveis na Internet.

    Fiz um post há pouco no Facebook falando desta minha inquietação ao ver marcas se “engajando” por meio de uma campanha que elas não abraçam de fato. A Bárbara Rebouças que é minha amiga no Face trouxe alguns dados alarmantes:

    • O Câncer de Mama é o mais comum entre as mulheres, com estimativa de 57.960 novos casos para o ano de 2016, segundo levantamento do INCA.
    • O Câncer de Mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima desta idade a incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos, por essa razão a necessidade da avaliação precoce.

    Sou a favor da campanha e do barulho sobre o Outubro Rosa, mas, vamos nos desafiar e desafiar as marcas irem além da cor rosa, mas, despertar nas pessoas a importância da prevenção.

    Poderia ser a página da Mercearia do Zé da Esquina participando do Outubro Rosa. Fica bonitinho colocar a logo rosa, mas, mais legal ainda seria gerar empatia nesse processo todo.

    Tenho me desafiado diariamente a produzir conteúdos transformadores, que podem mudar ou melhorar o dia de alguém. Será que alguém ainda pensa sobre isso?

     

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    Gentileza na era digital

    Há alguns dias vários sites de notícias e telejornais destacaram a ação de May Ashworth, uma jovem senhora de 85 anos, que deu um show de gentileza ao fazer uma busca no Google.

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    Ela escreveu no buscador: “Por favor, traduza esses números romanos. Obrigada”. A foto foi publicada na Internet pelo neto dela, Ben John, que ao abrir o notebook da avó, achou interessante a atitude dela, tirou uma foto e publicou no Twitter. O Google chegou a se manifestar sobre o ocorrido pelo Twitter, informando para a vovó que a resposta seria “1998”.

    Para quem trabalha no monitoramento de Redes Sociais ou mesmo usuários que costuma ler comentários nas postagens podem perceber a falta da gentileza que tem norteado a Internet. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e agressivas. Estar protegido por um aparelho tecnológico tem encorajado muitos nesse tipo de atitude.

    Leio tantos comentários bárbaros, crueis, discussões vãs, agressividade gratuita e muita falta de respeito. Creio que temos muito a aprender com a vovó Ashworth. Palavras como Por favor e obrigado estão cada vez mais em desuso.

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    Ben John e sua avó, Amy Ashworth. (foto reprodução do Twitter)

    Tão importante quanto expor uma opinião é saber respeitar a opinião do outro. As pessoas não pensam igual e não tem motivo para pensarem. Precisamos aprender a viver e respeitar as diferenças, opiniões e sermos mais tolerantes.

    Que tal a partir de agora refletir sobre como você tem usado a Internet. Incluir mais palavras como “por favor” e “obrigado”. Ser mais cuidadoso ao se expressar. Ler, interpretar a informação e só depois se manifestar sobre algo.

    As redes sociais nos estimulam a respostas rápidas. Lembra da expressão “pense antes de falar”? Aplique como “pense antes de publicar”. Os dias para todos estão difíceis, tanta notícia ruim, tanto escândalo, tanta tragédia… Por que não sermos agentes de transformação no meio digital? Semeie gentilezas on e off-line.

     

    Seja gentil com as pessoas!  =)

    Gentilezana era digital