Artigos

  • Artigos,  Blog

    Li o Sociedade do Cansaço de Byung-Chul Han

    “O que causa a depressão do esgotamento não é o imperativo de obedecer apenas a si mesmo, mas a pressão de desempenho. (…) a Síndrome de Burnout não expressa a si-mesmo esgotado, mas antes a alma consumida.”. 

    “A técnica temporal e de atenção multitasking (multitarefa) não representa nenhum progresso civilizatório. A multitarefa não é uma capacidade para a qual só seria capaz o homem na sociedade trabalhista e de informação pós-moderna. Trata-se de um retrocesso. 

    Você se sente cansado sem ter feito coisa?

    Tem dificuldade em ler algum textos mais longo ou até mesmo assistir vídeos?

    Se sente cada vez mais fadigado? Isso pode ser reflexo da sociedade em que vivemos. 

    Estou concluindo a leitura do livro Sociedade do Cansaço, do filósofo coreano, Byung-Chul Han. Não poderia deixar de registrar algumas provocações da tese levantada por ele nesta obra aqui neste canal. Ele contextualiza como era a Sociedade Moderna do século XX e como temos vivido como Sociedade Contemporânea. Ele traça um paralelo de como historicamente o capitalismo tem influenciado nossas vidas com o excesso de positividade e produtividade. Uma positividade tóxica mesmo. Faz com que muitos de nós nos sintamos mal se não conseguimos algo, seja conquistar uma promoção no trabalho, um bem ou uma viagem de férias. Bem algo do tipo: “trabalhe enquanto eles dormem”. 

    O livro me trouxe ótimas (e duras) reflexões para minha pesquisa do mestrado, mas, também para a vida. Lembro de quando, ainda nos anos 2000, era muito comum a pessoa multitarefa ser alguém bem vista, proativa. Mas, é exatamente este excesso de produtividade que pode destruir a vida de uma pessoa. Não dá para esgotar o tema em um post, mas, acho que é o início de uma reflexão para todos nós. Pare e pense sobre isso. 

    Você tem tido momentos de entretenimento ou de lazer? 

    Você sabia que lazer e entretenimento não são sinônimos?

    Você consegue ficar sem fazer nada? Nada mesmo? 

    Quais são seus sonhos? Seus objetivos? 

    Eles estão sempre relacionados à sua carreira ou trabalho?

    Qual foi o último pôr do sol que ficou parado, somente assistindo? 

    Até a próxima!

    Elis.

  • Artigos,  Blog,  Dicas da Elis,  Mídias Sociais

    Você é o que você compartilha!

    Para quem te acompanha nas redes sociais você é o que você compartilha. Sim, é uma afirmação. Seus seguidores esquecem que as postagens são apenas um pedaço da sua vida ou do seu dia que escolheu para compartilhar com eles.

    Já parou para pensar na responsabilidade do que publicamos? Do que comentamos, do que curtimos ou mesmo seguimos? Quando você publica, comenta, curte ou segue algo/alguém você está validando aquilo.

    Como as pessoas percebem você? Como elas percebem sua vida, seu cotidiano, a mensagem que você carrega? Esta brincadeira nas últimas semanas no Stories “Fulano não é fulano se…” nos mostra muito sobre isso. São as percepções que as pessoas criam a nosso respeito. Talvez você não seja tão ranzinza quanto parece, tão feliz quanto demonstra, tão bem sucedido como aparenta ou tão espiritual quanto gostaria de ser.

    As conexões acontecem, na verdade, por causa do que contamos e compartilhamos. Não é possível sustentar aparência por muito tempo. Em breve é perceptível aquilo que é verdadeiro ou não. Como a própria Palavra diz, o Senhor vai trazer tudo à luz (1 Coríntios 4.5).

    Quando lemos histórias em quadrinhos vemos heróis como Flash (DC) ou a SHIELD (Marvel) que começam a brincar com voltas no tempo. A cada volta no tempo, uma realidade paralela é criada. Parece um pouco com as realidades paralelas que as pessoas constroem por meio destas máscaras virtuais. “É muito Black Mirror!”, você pode pensar. Mas, a verdade é que pouco refletimos sobre o que temos compartilhado.

    Ao voltar no tempo (ou sua timeline) vai encontrar postagens suas que te envergonham, que não representam mais o que você pensa. Você pode pensar: é só deletar. Mas, não, caros amigos, você já construiu sua imagem para quem te acompanha.

    Seja você. Acima de tudo, seja você. Não irá agradar à todos. E quem disse que estamos aqui nesta vida para agradar o mundo? Lembre-se de Marcos 16.15.

  • Artigos,  Blog

    Ferreira Gullar e sua lucidez inconfundível!

    Extraído do Facebook – O Futuro das Coisas.

    “Há que reconhecer que, se sem o trabalhador não se produz riqueza, sem o empreendedor também não. Entregar o destino da economia a meia dúzia de burocratas foi um dos equívocos que levaram ao fracasso os regimes comunistas onde ele se implantou.

    Tampouco pode-se negar que o regime capitalista se move essencialmente pela exploração do trabalho e pela acumulação do lucro. A ambição desvairada pelo lucro é o mal do capitalismo que deve ser extirpado. E, creio eu, isso talvez possa ser feito sem violência, uma vez que, de fato, ninguém necessita de acumular fortunas fantásticas para ser feliz.

    A sociedade também não necessita ser irretorquivelmente igualitária, mesmo porque as pessoas não são iguais. Um perna de pau não deve ganhar o mesmo que o Neymar, nem o Bill Gates o mesmo que ganha um chofer de táxi.

    E, por falar nisso, para que alguém necessita ter a sua disposição milhões e milhões de dólares? Para jantar à tripa fora? Se ele investir esse dinheiro numa empresa, criando bem e dando emprego às pessoas, tudo bem. Mas ninguém necessita ter dez automóveis de luxo, vinte casas de campo nem dezenas de amantes.

    Tais fortunas devem ser divididas com outras classes sociais, investidas na formação cultural e profissional das pessoas menos favorecidas, usadas para subvencionar hospitais e instituições para atender pessoas idosas e carentes.

    Sucede que só avançaremos nessa direção se pusermos de lado os preconceitos esquerdistas e direitistas, que fomentam o ódio entre as pessoas.

    Sabem por que Bill Gates deixou a presidência de sua empresa capitalista para dirigir a entidade beneficente que criou? Porque isso o faz mais feliz, dá sentido à sua vida.”

    Belo texto de despedida.

    Via: bit.ly/2goSv2u

     

  • Artigos,  Artigos

    Publicando nas Redes Sociais

    baby espanto
    “Publicar todo seu conteúdo nas Mídias Sociais em um mesmo horário não é nada eficiente. Organize o horário de suas postagens”. #socialmedia
     
    Esta mensagem acima é uma postagem que fiz em meu perfil no Twitter. Publiquei pensando realmente no que tenho visto nas Redes Sociais de um modo geral. Algumas marcas e personalidades pegam todo conteúdo que elas tem: produtos para vender, agenda de eventos, divulgações de mensagens, avisos, promoções, etc., e publicam tudo na MESMA HORA.
     
    É chocante imaginar que alguém que administra a Rede Social de uma Marca ou Personalidade não se dá ao trabalho de fazer agendamentos. Existem ótimas ferramentas para isso (Hootsuite, TweetDeck, Instamizer, Klout). Escolher melhores horários para publicar cada mensagem e torná-la mais eficaz e eficiente.
     
    Muita gente me procura pedindo dica sobre como começar o trabalho de postagens nas Redes Sociais. Depois de ter pesquisado em quais canais digitais deve estar, quais assuntos sua Marca/Personalidade vai abordar, um bom começo é testar o melhor horário para publicar cada assunto/tema. 
     
    Quando você publica tudo o que sua marca tem em um mesmo horário, ela perde o alcance de pessoas que não estão online naquele momento, a dinâmica do seu público que consome determinados tipos de conteúdos em horários diferentes – vídeos de madrugada, por exemplo – e o pior, pode perder audiência porque o internauta se cansa de ver várias postagens de uma mesma marca de uma vez só.
     
    Vai usar as Redes Sociais no seu negócio? Pense estrategicamente.
  • Artigos,  Artigos,  Mídias Sociais

    Cinco dicas para produzir conteúdo nas Mídias Sociais

    redes1Mais do que ter muitos seguidores no meio digital, as marcas entenderam que é importante converter esses números em engajamento. Esse trabalho bem feito pode resultar no aumento de vendas, atrair novos seguidores e parceiros profissionais, e claro, melhorar a visibilidade da marca nas Mídias Sociais.

    Pensando nisso, separei cinco dicas que considero importantes para quem está começando a produzir conteúdo (lembrando que o conteúdo pode ser texto ou multimídia – vídeos, áudios, fotos e imagens) para Mídias Sociais. Ou até mesmo para quem já produz, mas, quer repensar um pouco este trabalho. Tenha em mente que não existe receita de bolo para que tudo dê certo. É preciso empenho, dedicação, senso crítico e analítico para entender e produzir conteúdo importante para o público do segmento em que atua.

    1. Entenda a função de cada Mídia Social antes de entrar nela
      Sabe para que serve o Facebook, o Instagram, o YouTube, o Periscope, o Twitter, e por aí vai?
      É um erro bastante comum pessoas/marcas que criam perfis em diversas redes sociais e não conseguem produzir conteúdo para todas elas. Daí partem para o caminho “mais fácil e menos eficiente”que é publicar conteúdo idêntico para todas as redes sociais sem considerar a característica de cada uma. Daí, escolhe as Mídias Sociais estratégicas onde você ou sua marca devem estar.
      #DicasdaElis Já trabalhei com marcas que começaram a implementação no meio digital com três rede sociais. Depois de três meses, com as outras redes bem fortalecidas, partiram para novas Mídias Sociais. Exemplo: Trabalho inicial com Facebook, Instagram e YouTube. Após três meses, analisar se seria interessante entrar em outras redes como Twitter, Periscope, Pinterest, LinkedIn ou mesmo, se vale a pena se manter nelas.
    2. Faça uma lista com Temas (assuntos) que pretende abordar nas Mídias Sociais
      Alguns chamam esta organização de temas e linguagens de Linha Editorial. Com ela o Social Media vai saber quais assuntos abordar ou não no meio digital. Isso facilita não apenas o trabalho do Social Media, também ajuda o internauta a identificar e vincular assuntos à marca. E até mesmo, não publicar conteúdo que não tenha nada a ver com o trabalho desenvolvido. Quantas vezes já vimos marcas perdendo “a mão” com postagens humorísticas ou assuntos que nada acrescentam ao setor. Certa vez vi uma instituição que angaria fundos para crianças carentes postando nas redes sociais dicas de viagens para as férias. Será que este tipo de conteúdo era relevante para este trabalho?
      #DicasdaElis A definição dos Temas que vão ser abordados facilita, inclusive, o agendamento das postagens. Por exemplo. Uma loja que vende produtos esportivos poderia estabelecer: Toda segunda-feira postagens sobre dicas de saúde. Toda terça-feira, dicas de atividades esportivas. Toda quarta-feira, dicas de eventos (corridas, competições, etc.). Toda quinta-feira, dicas de equipamentos de segurança para atividades esportivas. E por aí vai.
    3. Seja um curador de conteúdo
      Uma das maiores dificuldades das marcas, principalmente, das pequenas e médias empresas que não possuem equipes para trabalhar na Comunicação Digital e Marketing é justamente a PRODUÇÃO DE CONTEÚDO. Em minhas palestras uma das perguntas que mais ouço é: “Elis, como vou ter tempo de produzir conteúdo exclusivo para cada rede social? Não tenho equipe faço tudo sozinho/a”. Calma, é possível sim. Além das famosas “planilhas” que ajudam na gestão e programação de postagens ao longo do mês e da Linha Editorial pré-estabelecida, uma outra ferramenta é a Curadoria de Conteúdo. Ser um curador de conteúdo é saber selecionar assuntos relacionados que outras pessoas/marcas publicaram de temas que você já definiu que sua marca abordaria. Nós fazemos isso naturalmente quando compartilhamos  (retuíte, repost, compartilhar) em nossas redes sociais links de notícias, vídeos e fotos que achamos interessantes. No ambiente corporativo você usará o compartilhamento estrategicamente.
      #DicasdaElis Vamos supor que você trabalha fazendo a Gestão de Conteúdo para uma loja de roupas. Então, que tal selecionar postagens sobre Moda em sites especializados? Os famosos “looks do dia”, dicas de roupas de acordo com o tipo físico, e por aí vai. Mas, lembre-se. Você não pode substituir a produção de conteúdo que tem a “cara da sua marca” apenas com contéudo de outros. É preciso equilíbrio para não cansar o internauta e mesmo para não gerar a impressão que você só compartilha o que outros publicam.
    4. Invista na produção de vídeos e transmissões ao vivo
      Parece óbvio falar disso, mas, é importante destacar. As pessoas no meio digital tem por característica assistir vídeos. Principalmente, os vídeos mais curtos. A produção de vídeo na Internet é uma oportunidade de trazer algo relevante para o público que provavelmente vai estar atento assistindo ao seu vídeo ou transmissão ao vivo. Então, não faça apenas transmissões aleatórias e sem sentido. Mas, invista tempo planejando o que vai falar. Tenha um roteiro, nem que seja aquele básico, anotado em um guardanapo.
      Mídias Sociais como Facebook, YouTube, Vine, Instagram. Snapchat e Periscope vem possibilitando a transmissão ao vivo ou quase instantânea de eventos, anúncios importantes, esclarecimento de dúvidas, anúncio de novidades, bastidores e outros diversos conteúdos. Se você trabalha com uma banda que tal fazer vídeo-aulas ensinando como tocar músicas e disponibilizar esse material no YouTube? O Social Media pode fazer uma transmissão ao vivo pelo Periscope esclarecendo dúvidas do público sobre um novo CD, turnê, evento específico, transmitir uma coletiva de imprensa para o público, e por aí vai.
      #DicasdaElis
      FACEBOOK: O Facebook Live é uma ferramenta que vem sendo amplamente usada para transmissões ao vivo em vídeo. Se você busca maior alcance, visibilidade e aumentar o engajamento da sua Página, vale a pena investir em pelo menos uma transmissão ao vivo por semana ali.
      YOUTUBE: É possível fazer transmissões ao vivo por meio do canal no YouTube. É uma excelente ferramenta para quem busca além da visibilidade gerar algum tipo de renda com as visualizações dos vídeos. Já é sabido que é preciso um número significativo de views para que gere monetização. Mas, ela não vai acontecer se não investir no canal. Faça seu planejamento e invista na produção de vídeos com bons conteúdos. E claro, assim que publicado, compartilhe em todos os seus canais digitais.
      PERISCOPE: O Periscope tem sido intensamente utilizado nas transmissões de vídeo ao vivo. Seja de palestras, shows, aulas, apresentando músicas, mensagens, etc. É uma ferramenta sensacional e que vem conquistando cada dia mais adeptos. Mas, ao mesmo tempo que o uso desta Mídia tem aumentado, tem aumentado também o conteúdo irrelevante. Já vi cantores que fazem vídeos sem sentido e objetivo saindo de aviões, vídeos no trânsito (acredite!) ou apenas para dizer um “Oi”. A não ser que você/sua marca sejam muito famosos e tenham uma multidão de fãs – ainda assim, eu não faria – não faça transmissões ao vivo de tudo. Sua vida/marca não é um reality show (ou é?). Tenha cuidado com o excesso de exposição, e o que é pior, a exposição desnecessária. Se sua marca faz vídeos ao vivo constantemente sem apresentar conteúdo relevante, você vai perder a audiência e o interesse do público. Vai entender que a marca só entra ao vivo para falar de futilidades. Pense nisso.
    5. Alcance o Público certo nas Mídias Sociais
      Uma situação que pode prejudicar uma marca no meio digital é a falta de segmentação do público. Tenha claro quem é o público que deseja alcançar e quem é o público realmente alcançado. Para maior eficiência, fique de olho nas métricas e gráficos de suas Mídias Sociais. Ou seja, ter claro no planejamento digital quem você quer alcançar. Os gráficos e métricas das próprias redes podem te ajudar a produzir conteúdo para o público certo, identificar os melhores horários para postar determinados assuntos. Você pode estar desenvolvendo estratégias para alcançar adolescentes e descobrir que está alcançando crianças. E aí, como lidar? Faça enquetes em seus canais digitais e utilize os gráficos gerados pelas redes sociais. Exemplo: Páginas no Facebook, Twitter, YouTube, sites (Google Analytics) produzem gráficos e relatórios próprios que podem te ajudar a alcançar o público certo. Identificar melhores dias e horários para postar e mesmo quem é o seu público: homem ou mulher, faixa etária, localidade, tipos de acesso (celular ou computador) e outras variáveis que precisam ser interpretadas.
      #DicasdaElis Utilize ferramentas como MLABS (acesse aqui), Hootsuite, Scup, Instamizer, Google Analytics (instale em seu site) ou mesmo encurtadores de links como Bitly e Google que geram relatórios de acesso gratuitamente. Antes de ser um bom Gestor de Conteúdo, seja um bom Analista de Mídias Sociais. Existem muitas ferramentas gratuitas que podem auxiliar seu trabalho. Separei aqui alguns links com ferramentas interessantes:

    Artigo publicado originalmente no Pulse (Linkedin).

    Inscreva-se em meu canal no YouTube para receber mais dicas sobre Mídias Sociais: http://youtube.com/elisamancio

    Artigo atualizado em 25/09/2016. 

  • Artigos,  Artigos

    As pessoas entendem o que falamos?

    Todas as vezes que converso com a Tatti Maeda, por mais curto que seja o diálogo, saio com algum aprendizado ou reflexão profunda.

    Estávamos conversando sobre a paixão que temos de levar para outras pessoas sobre o que aprendemos no meio digital, seja por meio de palestras, aulas ou de textos publicados na Internet. E a conversa foi além disso, a importância da linguagem utilizada que garante se as pessoas vão entender ou não sobre o que estamos falando.

    Antes de mais nada, penso que todo bom Gestor de Conteúdo precisa entender as funções de cada Mídia Social usada. Isso esclarecido, respeitando as características de cada rede, por exemplo, não criar uma arte com 70% de texto para o Instagram. Está certo que é uma rede para imagens e vídeos curtos. Mas, será que é mesmo eficiente criar algo repleto de texto? Talvez seja mais legal fazer uma arte interessante e colocar as informações na legenda. Sei que pode parecer óbvio, mas, tem muita gente errando nisso.

    Na conversa com a Tatti, comentei sobre como a linguagem simples aproxima o tema abordado em um texto do leitor. Afinal, escrevemos para nós mesmos ou para as outras pessoas? Está certo, que muitos de nós fazemos notas mentais no meio digital, que não vem ao caso agora (acho que isso até vale um post para outro momento).

    A Tatti é uma excelente gestora de conteúdo, os textos dela são deliciosos de ler. Falam do nosso cotidiano, de questões pessoais e profissionais, com leveza e que geram identificação do leitor com os temas.

    É tão ruim ler textos sobre assuntos de interesse e que mais dificultam o entendimento do que esclarecem, não é mesmo? Quantas vezes vamos ler uma postagem ou uma notícia que mais nos confunde do que esclarece? O que poderíamos fazer para melhorar nossas postagens?


    Boas práticas:

    • Deixe claro qual é o tema abordado.
    • Tenha em mente as informações mais importantes do seu texto. Existem pessoas que gostam mais de escrever textos no estilo de redações escolares, com o famoso “começo, meio e fim”. Mas, a técnica jornalística chamadaPirâmide Invertida também é bem interessante. Traz o conteúdo mais importantes para o início do texto e desenvolve um bom texto intercalando as informações. Assim, o internauta já entende a ideia principal no primeiro parágrafo.
    • Dedique tempo na escolha das palavras que vão ser usadas. Lembre-se que um bom gestor de conteúdo é aquele que torna a mensagem mais clara e não o que dificulta o entendimento da mensagem.
    • Já vi diversas postagens falando sobre o tamanho ideal de textos para a Internet. Acredito que o ideal seja um post claro, coerente e conciso, ou seja, aquela que passa a informação sem enrolação.
    • Leia os comentários nas postagens e interprete os gráficos das redes sociais. Entenda o que o público espera do material que você publica, se rejeita ou mesmo, não consegue entender sobre o que fala.
    • Seja você.Vivemos na Era da Informação, onde o jornalismo muitas vezes mais desinforma do que informa. E se você tem a oportunidade de falar com alguém, que seja com eficiência.Até a próxima! =)

      Texto publicado originalmente em meu perfil no LinkedIn.

  • Artigos,  Artigos

    A Era das Intolerâncias

    A história deste texto começou com a observação da minha timeline nas redes sociais. Nas últimas semanas a palavra intolerância tem sido bastante usada por diversos tipos de grupos. E ao aprofundar um pouco mais na leitura dos últimos acontecimentos me gerou uma reflexão que resultou no post desta imagem abaixo.

    A Bíblia nos ensina em Gálatas 5 sobre o Fruto do Espírito na vida daqueles que realmente estão caminhando com Deus. Um deles é o domínio próprio, ou seja, é quando conseguimos analisar e medir nossos atos, agindo com prudência e responsabilidade, e não o contrário, que seria inconsequentemente.

    Se tem algo que gostaria de dizer é que Jesus, SIM, Ele me representa. Existe um ditado antigo que diz que “quem fala demais dá bom dia para cavalo”. Infelizmente o que temos visto nas redes sociais e na imprensa é bem isso.

    Pessoas que tem espaço e oportunidade para falarem o que querem e muitos acreditam que estas “figuras” representam determinadas categorias. Falta conhecimento e sabedoria. A Mídia (Imprensa) e o povo não compreendem, por exemplo, o que são os evangélicos e os enxergam como uma instituição apenas (única). Acredito que seja por causa da nossa base católica. Nasci no catolicismo e sei que temos uma figura central que representa a religião, que é o Papa. Com os evangélicos é diferente. São milhares de denominações e não existe (lembre, não existe) uma figura central que represente os evangélicos no Brasil e no mundo a não ser o próprio Jesus Cristo.

    Tenho o maior respeito pelas confissões de fé das pessoas. Há pouco mais de 10 anos sou crente em Jesus, o que chamam de ser protestante, neopentecostal e outras nomenclaturas que não me importo. É importante entender que existem várias igrejas evangélicas diferentes, com líderes diferentes e que vivem doutrinas diferentes.

    E conhecendo um pouco mais sobre isso, como jornalista e cristã, me preocupo com o rumo que estas “conversações”estão chegando. Jesus me representa, não é este ou aquele “líder” ou “pastor”que estão aí na mídia que representa todos os evangélicos no Brasil. Não caiam nesse engano.

    Sinto uma tristeza profunda ao ver líderes falando o que pensam sem analisar a quem estão afetando. Falta sabedoria. E falta sabedoria e apuração da Imprensa que não estuda melhor sobre as instituições evangélicas antes de falar. Generalizar tem sido um dos maiores erros. São muitas denominações diferentes e faltam bons líderes que sejam porta-vozes do que cremos de verdade.

    A Bíblia diz em Provérbios 17.28: “Até um tolo pode passar por sábio e inteligente se ficar calado”. Existe uma pressa para falar, dar declarações nas redes sociais e na mídia que atropelam fatos.

    Como jornalista vejo que o erro da Mídia é não conhecer os evangélicos. E o dos evangélicos é falar de TUDO, MENOS do amor de Jesus.

    Estamos vivendo no Brasil a Era das Intolerâncias. É como se não tivéssemos mazelas suficientes como a corrupção, a miséria e a fome para cuidar. É como se não morressem pessoas todos os dias em acidentes de trânsito, é como se não morressem mulheres todos os dias vítimas da violência doméstica ou em clínicas de aborto.

    Espero que não sejamos os “donos”da razão, mas sim, pacificadores (Mateus 5.9) em uma geração de intolerantes.

    Elis Amâncio

    Artigo publicado originalmente em 20/06/2015 – http://bit.ly/eradasintolerancias

  • Artigos,  Artigos

    Mídias Sociais na Igreja

    Há oitos anos estou trabalhando profissionalmente com Comunicação Digital e Mídias Sociais. Acessei a Internet pela primeira vez na vida em 1996. Naquela época não tinha ideia do impacto que ela teria na minha vida pessoal e profissional. Acredito que poucos de nós tínhamos ideia.

    Desde minha conversão em 2003, utilizo a Internet como fonte de pesquisa e estudos para ampliar meus conhecimentos sobre Deus. Lembro de chegar no trabalho diariamente e ir em busca de um devocional no site do Lagoinha.com – site da Igreja Batista da Lagoinha, em BH, da qual sou membro. A estrutura dos sites eram muito diferentes dos que temos nos dias de hoje. Naquela época, poucas igrejas estavam na WEB. Algumas tinham apenas (e ainda tem) uma página mais institucional com uma breve apresentação sobre a igreja, localização, e ainda, dias e horários dos cultos. Nada contra as igrejas que mantém uma página assim. Mas, acredito que podemos fazer mais e melhor.

    Os anos foram passando e o fato de estudar Jornalismo e me aprofundar no uso profissional da Comunicação Digital e Mídias Sociais me despertou para algo: o que a Igreja tem feito com todas estas possibilidades digitais em nossa geração? Refletindo sobre a história de Jesus pude observar que em diversos momentos ele usou das ferramentas que dispunha para alcançar as pessoas e levar a mensagem do Reino de Deus. Seja andando sobre as águas, a pé ou de jumento, ele foi e cumpriu a missão dele. Mas, e nós? Temos utilizado todos os recursos que dispomos nos dias de hoje para falar do Reino?

    Sempre estive bastante envolvida em questões ministeriais, vi e participei de diversos projetos evangelísticos, impactos, vigílias, entre outras atividades. Mas, minha primeira experiência de levar a mensagem do Reino de Deus por meio da Internet, foi em 2008, quando com autorização da liderança criei o Blog da Mocidade Lagoinha. Comecei a fotografar os cultos e eventos dos jovens e anotar as palavras ministradas. Ali, fazia breves resumos para possibilitar àqueles que gostariam de estar fisicamente na igreja e não podiam, seja por morar em outra cidade/estado ou porque não tiveram como ir ao culto naquele dia, e assim, dar a chance de receber “um pouquinho” do que recebíamos ali em nossa igreja local.

    Isso começou a arder em meu coração de uma maneira tão grande que comecei a pesquisar cada vez mais sobre redes sociais. Comecei a estudar e implementar estratégias de Gestão de Conteúdo especificamente para o público digital. Assim, passei pela Comunicação da Lagoinha e a assessoria de imprensa (comunicação) de vários nomes como André Valadão, Diante do Trono, Nívea Soares, Mariana Valadão, Thalles, entre outros. Fui aprendendo na teoria e na prática sobre a importância do uso adequado de cada rede social.

    Quando falamos de uso adequado, soa como regras de certo e errado. Mas, não é puramente isso. A questão é, será que nossas igrejas, ministérios e nós como cristãos temos utilizado cada canal digital da maneira correta? Você entende por que precisa ter um site ou blog? Sabe que é importante produzir conteúdo específico para cada rede social? Você sabia que as redes sociais possuem características bem diferentes e que o conteúdo errado no lugar errado não terá resultado? Sabia que o número de seguidores e likes não são sinônimo de “sucesso” na Internet?

    É exatamente por isso que tenho levado há cinco anos, por onde tenho ido, este papo sobre “Mídias Sociais na Igreja”. Desde então dou aulas sobre isso em três instituições diferentes e encontrado pessoas que entenderam a importância de utilizarmos as ferramentas certas e da maneira correta. Falo da importância de encontrarmos o ponto de equilíbrio na vida ON e OFFline. Refletirmos sobre a segurança pessoal e o excesso de exposição na Internet, bem como, de estratégias de Comunicação para falarmos com eficiência com o público, seja nas Igrejas, seja na WEB.

    Quando falo de Mídias Sociais na Igreja, não estou apenas incentivando que as igrejas e ministérios estejam na Internet. Nem mesmo saiam criando perfis em todas as redes sociais. Mas sim, refletir sobre o alcance destas ferramentas, da eficiência e de como podemos alcançar ainda mais pessoas, além daquelas que temos alcançado em nossas igrejas locais e vizinhanças. Muitas vezes pela Internet, sua mensagem irá alcançar alguém que nunca pisaria em uma igreja. Já parou para pensar nisso? Eu penso todos os dias. E em nossa responsabilidade de ter algo tão extraordinário nas mãos e que usamos com tão pouco zelo. Espero um dia poder falar com você, nobre leitor que leu o texto até aqui, pessoalmente sobre isso. “Ide, por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15).

    Elis Amâncio

    Artigo publicado originalmente em 22/03/2015 – Mídias Sociais na Igreja: http://bit.ly/19Jtsnx

  • Artigos,  Artigos

    O que é essa tal de “Gestão de Conteúdo”?

    Há quase uma década trabalhando em Comunicação ouvi diversos nomes para a produção de conteúdo. O que muita gente não tem consciência é que nascemos produzindo informação.

    Desde a primeira vez que falamos “mamãe” ou “papai”, estamos produzindo conteúdo. Começamos a ler, escrever, produzir elementos artísticos, fotografias e não paramos mais. Somos produtores de conteúdo natos. Temos consciência que produzimos e compartilhamos informações, relevantes ou não, e a esfera digital veio maximizar essa audiência. Com o acesso a tecnologia, temos publicado informações que antes eram restritas a pequenos grupos, como família, amigos e trabalho.

    Entretanto, ao falar sobre “Gestão de Conteúdo” no ambiente corporativo, estamos falando da produção de conteúdo estratégica. Não é produzir conteúdo sem critérios, mas, planejar, executar e monitorar os resultados deste processo.

    O profissional que trabalha na gestão de conteúdo é um curador. Ele tem capacidade analítica para selecionar textos, vídeos, fotos e material multimídia que represente a mensagem que ele quer compartilhar com o público, seja no ambiente ON ou OFFLINE.

    • Com quem vou falar?
    • O que vou compartilhar?
    • Por que devo publicar?

    Um erro comum na Gestão de Conteúdo são marcas que querem produzir “um pouco de tudo”, tentando atingir diversos públicos ao mesmo tempo. Ao ser generalista, pode-se perder a audiência de quem procura o conteúdo que você domina. Com pesquisa e planejamento é possível descobrir que sua audiência espera que você fale sobre o tema “A”, aquele que destaca sua expertise. E não sobre os temas “B”, “C” e “D”.

    Esta produção depende do seu tipo de negócio, não é receita de bolo, mas análise estratégica. Um bom exemplo, é a Gestão de Conteúdo de um Shopping. Neste caso, seria interessante que ele explorasse a produção de informações, tanto a institucional, quanto sobre o universos das lojas e serviços que presta. O conteúdo produzido, as histórias geradas precisam gerar a identificação da marca e do público.

    Não é um monólogo, mas, um diálogo, em que o público vai querer “conversar”, seja no ambiente virtual, seja no offline. Para isso, a importância de toda instituição/marca entender como funciona a Gestão de Conteúdo e compartilhar desta linguagem com sua equipe de colaboradores. Seja o profissional que está na frente do computador, quanto o profissional que está no balcão, recebendo os clientes.

    Elis Amâncio

    Artigo publicado originalmente em 20/06/2014 – O que é essa tal Gestão de Conteúdo [O melhor do Marketing]: http://bit.ly/1PPdLdR