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9 dicas para fazer uma boa Cobertura On-line de eventos
Trabalho como jornalista fazendo a cobertura on-line de eventos e coordenando equipes profissionalmente desde 2008. Sério, ainda nos idos do Orkut e antes do boom no Twitter.
Mas, hoje vejo muita gente falando que faz “cobertura” de eventos pelas Mídias Sociais e na verdade, não passam de ações isoladas e sem conexão entre si. Já vi “profissionais” dizendo que fez a “transmissão” do evento pelas redes sociais apenas por ter publicado cerca de 20 fotos sobre ele. Há muito a ser explorado e de acordo com o tamanho de sua equipe, faça o seu melhor.
Decidi fazer um artigo com 9 dicas que podem te ajudar a organizar, fazer e colher bons resultados com boas informações sobre um evento. Como trabalho mais focada no público evangélico, vou usar aqui o exemplo de um Congresso de jovens para uma igreja. Mas, caberia aplicação a qualquer programação.
DICAS
1º) Faça o Planejamento da Cobertura On-line do evento.
Qual tipo de mensagem pretende passar? Qual o tema do Congresso? Quem são os principais preletores e bandas? Quais canais pretende usar no meio digital (ou off-line na divulgação)Twitter, Instagram (e Instagram Stories), Facebook, Snapchat, site, blog? Vai transmitir ao vivo pelo YouTube ou Facebook Live? ? Qual a programação do evento? Farão entrevistas antes do evento para o site/blog? Crie a hashtag do evento. Monte a escala da equipe (voluntários ou não). Tenha claro quais as funções de cada membro dentro da equipe, o famoso, quem faz o quê.P.s.: Lembre de pegar a autorização por escrito de uso da imagem dos preletores e/ou cantores. Se vai contar com a ajuda de voluntários, tenha um termo assinado por eles que considere a Lei nº. 9.608 de 18 de fevereiro de 1998.
2º) Alinhe a identidade visual de todos os canais digitais para o evento
Isso significa que a logo do evento ou arte usada deve dar a cara de todas as redes sociais e do site no pré-evento, evento e pelo menos até uns três dias no pós-evento.3º) Faça um release sobre o evento e disponibilize para a imprensa
Mesmo que você não faça o credenciamento de imprensa para o Congresso é importante que escreva um release com as principais informações do evento + fotos + arte com a identidade visual e envie para a imprensa da cidade e região. Sem falar que a qualquer momento pode precisar de um texto pronto sobre o Congresso e ter um em mãos, com as falas dos organizadores e preletores (aspas) será de grande valia.4º) Qual a linha editorial da cobertura?
Participo de um grupo sobre o tema Mídias Sociais na Igreja no Facebook. Recentemente tivemos um debate lá sobre o tom que é usado nas coberturas online de eventos. O discurso vai ser mais coloquial, jovial, descontraído ou apenas com tom institucional?Como jornalista acredito que os textos para igrejas e eventos deveriam estar em 3ª pessoa, pois, deixa a interpretação da informação livre para o internauta. O uso das aspas e verbos dicendi para enriquecer a cobertura.
A não ser que a cobertura seja feita por uma pessoa física, diretamente dos canais dela especificamente estarão em 1ª pessoa.
5º) Como selecionar em quais canais digitais fará a cobertura online?
– Costumo dizer que se a Igreja tem um site ou blog, um deles precisam estar envolvidos na Cobertura. Ou seja, é a base da cobertura. Nele eu coloco os textos que chamo de “resumo” de cada módulo do evento. Ali poderá ser uma matéria jornalística na estrutura do Lead ou um texto corrido. E não se esqueça de colocar as tags (assuntos) para que sua publicação seja encontrada pelos buscadores como o Google.
– Sobre quais redes usar para fazer postagens é preciso ter um conhecimento prévio de onde sua audiência está. Se a maior parte dos seus seguidores ativos estão no Instagram e no Facebook, não há porque fazer postagens passo a passo no Twitter. Se o evento é mais direcionado para adolescentes, por exemplo, vale testar antes como está a audiência no Snapchat e no Instagram Stories.6º) Selecione os integrantes da sua equipe.
Confirme se estão todos capacitados para exercer a função que lhes foi cedida. Muita gente se voluntaria para fazer coisas que não tem muita experiência, mas, uma boa supervisão pode ajudar para que tenham bons resultados.Antes do evento tente integrar a equipe de alguma maneira. Uma das ferramentas que gosto muito é o Trello. Nela você poderá estruturar todas as tarefas, direciona-las e manter a equipe informada. Por mais que o WhatsApp seja usado por muita gente, a maioria das pessoas não aguentam estar em mais um “grupo”. Use o WhatsApp para mensagens urgentes.
Um exemplo prático da estrutura de profissionais
Personagem A: Twitter: cuidará das postagens em texto passo a passo. Tem que ser uma pessoa que domine bem a Língua Portuguesa e que consiga construir frases claras e coesas sem gerar qualquer tipo de confusão.
Personagem B: Instagram – postando as fotos do fotógrafo oficial do evento e algumas dos bastidores. Cuidado para não “pecar” no excesso de fotos. Publique as fotos dos principais momentos com legendas bem descritivas. Se houverem muitos registros legais. Vale a pena criar álbum no Insta com os melhores momentos no final do módulo.
Personagem C: Instagram Stories – com o perfil mais despojado e antenado, quem cuida do Stories tem que ter a mesma rapidez e dinâmica de quem cuidaria de um perfil no Snapchat. Só videozinhos não suprem a ansiedade de quem está acompanhando. Use toda criatividade que a ferramenta oferece.
Personagem D: Site/blog – pessoa responsável para fazer a matéria jornalística ou texto resumo daquele módulo (momento). Ao término de cada módulo o texto deve estar publicado no site/blog. É muito importante manter o site atualizado pois quem procurar sobre seu evento no Google provavelmente irá chegar até ele. Melhor ainda é que ele tenha um bom texto resumo de cada módulo do seu congresso para ler.
Personagem E: Facebook – Como esta rede não entrega os conteúdos ao vivo com tanta eficiência, ela pode servir de base para publicar os álbuns de fotos do seu evento.
Personagem F: YouTube ou Facebook Live – há pessoas que são especializadas em fazer isso, mas, nada impede que aprenda – pois é bem fácil – fazer transmissões ao vivo. Existem vários tutoriais ensinando sobre isso no YouTube.
Personagem G: EDITOR. Geralmente esta função é de quem coordena a equipe. O ideal é que ele supervisione todas as postagens para ter tempo de corrigir algum equívoco durante a cobertura. O que mais vemos são “coberturas” descuidadas com erros de português, com nomes de preletores e bandas errados, referências bíblicas trocadas. O Editor vai ser responsável por cuidar e orientar a equipe durante todo o evento.7º) Oriente bem a equipe de fotógrafos
É muito importante que os voluntários/equipe de fotógrafos estejam bem preparados no dia do evento. Pode parecer “bobo”, mas, é importante “lembrar” o fotógrafo que deve estar vestido de preto e que ao “atuar” deve fazer o máximo possível para não ser percebido no ambiente. Tenho a opinião de que os melhores fotógrafos parecem ninjas, não aparecem, mas, chegam com as melhores fotos.Não tem coisa pior, tanto para quem está no evento ao vivo ou acompanhando pela Internet ver o fotógrafo aparecendo na frente dos cinegrafistas o tempo todo.
8º) Cuidado com os erros de Português
Um dos objetivos de se ter uma equipe para cobertura online é ter outras pessoas do lado para tirarem suas dúvidas, consultar o Google e a quem puder. A ideia é não publicar nenhum tipo de informação, nome ou palavra errada. Já vi em “cobertura” de igrejas escreverem Gênesis assim = Jênesis. Na dúvida, não publique. E, REVISE, sempre.9º) Leia/ouça o público
Acompanhe os comentários sobre o evento nas redes sociais, blog ou site. É muito importante acompanhar se as pessoas estão compreendendo bem o discurso da cobertura e os ajustes que podem precisar ser feitos. E se houver equipe suficiente, responda as pessoas. Elas amam acompanhar coberturas online e “conversar” sobre ela.
Tem sugestões de temas para abordarmos aqui no blog? Escreva para contato@elisamancio.com.br ou deixe nos comentários. -
Social Media Week São Paulo 2017 – Veja seleção de palestras para você votar!
O evento Social Media Week São Paulo é disputado não apenas no processo para assistir e garantir vagas, mas, principalmente, no processo de votação de palestras. Fiz aqui uma seleção de temas para votar – além da minha =) – de profissionais que já conheço e tenho certeza que serão um arraso lá!
Para votar é só estar logado no Facebook e clicar na mãozinha (like) verde.
Eu só queria baixar um e-book – com Elis Amâncio – Saiba mais e voteBranding, Marketing e Publicidade a diferenciação destes conceitos aplicados à gestão de conteúdo e redes sociais – com Rodrigo Otávio – Saiba mais e vote.
Empreendedorismo Digital – quero botar meu negócio pra funcionar – com Samantha Dutra – Saiba mais e vote.
Marketing de Influência: o que é e porque você precisa dele – com Tatti Maeda – Saiba mais e vote.
Marketing na Saúde: Estratégias para fazer sucesso nesse nicho – com Douglas Gomides – Saiba mais e vote.
O poder das Conexões – com Gutenberg Almeida – Saiba mais e vote.
Você pode fazer o que eu não posso e eu posso fazer o que você não pode. Juntos podemos fazer grandes coisas – com Michelle Barros – Saiba mais e vote.
Sou uma grande admiradora do evento e com exceção da Michelle Barros e da Tatti Maeda, todos são de Minas Gerais e vão arcar com suas próprias despesas para estarem lá para compartilhar conhecimento.
ATUALIZAÇÃO – 26/4 – 17h49: Em troca de emails com o Edney Souza, curador do SMWSP, ele explicou como está funcionando o sistema de DISLIKE. Na verdade, desde 2016 ele é apenas um parâmetro interno, ele não “tira” votos da palestra. Apenas, aponta internamente, quem é que está tentando tirar votos de outros. Confesso que dei uma gargalhada aqui quando li o email do Edney. Enfim, os organizadores sabem que rola o lance de “invejinha”. Mas, isso NÃO DESQUALIFICA a palestra.
Outra coisa que ele explicou que muita gente diz que “votou” pelo celular, e o voto não foi computado, é que a pessoa clica no like sem estar logada no Facebook. Sendo assim, o voto não é computado.
ACESSE OS LINKS: Vote, comente, valorize o conteúdo desta galera que tem muita coisa boa para compartilhar!!!
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Genteeeee! Agora tenho uma lojinha!
Sabe, há tempos tenho no coração criar uma lojinha com produtos que tenham a minha cara. E em parceria com a Concórdia Brindes consegui fechar a primeira linha de canecas Follower of Jesus.
Há exatos 1 ano e meio deixei um emprego fixo para seguir meu chamado de falar sobre a importância da Comunicação para Igrejas e Ministérios. Nesse tempo tenho viajado pelo Brasil palestrando ou dando aulas. É um chamado voluntário onde não há salário.
Neste meio tempo lancei o ebook gratuito Mídias Sociais na Igreja – que está no meu site – e venho pedindo a Deus criatividade para fazer coisas novas, úteis e relevantes para o Reino.
E não é que em parceria com a Concórdia Brindes estou realizando o sonho de lançar uma linha de canecas e copos com a minha principal motivação ao trabalhar com Mídias Sociais? Sim, ser seguidora de Jesus. A loja está no ar neste link. Mas, para quem é de BH é possível combinarmos a entrega diferenciada.
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Repensando tudo – uma baita dose de Stress
O ser humano é muito competitivo. Desde a infância percebemos na atitude dos pequenos sobre disputas de brinquedos, jogos, campeonatos e posses.
“O importante não é ganhar, é competir”, diz a máxima.
Mas, agora, chegando aos 38 anos, acho que vivi um “pouquinho” para dizer que a competição tem sido um dos grandes motivadores das pessoas. As Redes Sociais são uma excelente vitrine para isso.
Convivo com pessoas de ciclos sociais diferentes e é nas Redes Sociais que venho identificando disputa, inveja e bastante egocentrismo nas postagens. Não sou nenhuma especialista em Semiótica ou Antropologia. Mas, sinto que as pessoas vivem uma Guerra Fria constante.
Querem ser melhores que outros, saber mais, ter mais diplomas, estrelas, passado mais fases que qualquer um. Isso me assusta. Pois, se não há espaço para empatia, onde irão parar as verdadeiras amizades?
Estou lendo um livro muito interessante que se chama “A arte de ser leve”, da Leila Ferreira. Pelos comportamentos citados estou conseguindo mapear ao meu redor pessoas extremamente egoístas. Essa disputa velada tem tornado as pessoas cada vez mais depressivas e estressadas. Dependente de remédios, ativistas, viciados em trabalho, gente que deixa de viver para SOBREVIVER.
A semana está começando hoje e gostaria de te deixar um convite: Viva! Seja mais leve!
Isso pode te ajudar:
– Leia menos sobre o que outros estão fazendo;
– Escreva em um papel uma razão que você tem para agradecer pelo dia de hoje;
– Fale/ligue/mande uma mensagem para alguém lembrando que ela é importante na sua vida (não estou falando de romance);
– Faça algo por você.
Boa semana! -
Social Media Week São Paulo 2017 inicia inscrições para palestras
A organização do Social Media Week São Paulo iniciou o processo de inscrições para as palestras da edição 2017. O evento vai ser realizado dos dia 11 a 15 de setembro de 2017, na ESPM, em São Paulo/SP.
As inscrições vão até a primeira quinzena de junho e podem ser feitas direto no site.
Também inscrevi uma palestra minha!!!
Falando sobre a Experiência do Usuário x Inbound MarketingVocê já viu um post nas redes sociais divulgando um e-book que parecia ser super bacana, mas, ao baixar o material deixou seu nome, e-mail, telefone, senha de banco (brinqs), etc.?Este é um bate-papo entre profissionais que usam ou já usaram estratégias de Inbound Marketing nas redes sociais e algumas estratégias para que sua marca não seja a chatadigital.com.br!O link para votar e comentar em minha palestra é este: http://bit.ly/2oYDAnc
SERVIÇO
Social Media Week São Paulo 2017
Data: 11 a 15 de setembro de 2017
Local: ESPM – Rua Joaquim Távora, 1240 – Vila Mariana – São Paulo/SP
Site: https://socialmediaweek.org/saopaulo/ -
Experiência x Vendas
Semana passada fiz perguntas no Facebook e Twitter sobre quem usa Kindle. Depois de pós e contras, decidi adquirir um Kindle mesmo.
Meu noivo me deu um aparelho de presente de aniversário (que tá chegando). O Kindle Paperwhite chegou na quinta. No mesmo dia já comecei a ler por ele e fiquei me perguntando porque adiei por tantos anos ter um. Ainda farei um texto no meu blog sobre isso.
Mas, meu post hoje é sobre o atendimento da Amazon. Desde sua chegada percebi que as luzes do Kindle estão com problemas na parte debaixo do aparelho, ou seja, não iluminam 100%. Deixei para ligar lá hoje. Acho que pela foto não dá para ver direito, mas, que incomoda muito, principalmente à noite.
Ao falar no 0800 da Amazon uma atendente, aparentemente gringa, e muito simpática, ouviu minha reclamação da tela que não fica 100% acesa. Me pediu um tempinho para checar as configurações do meu aparelho.
Quando retornou, disse que identificou um erro na atualização do aparelho e que não era possível fazer isso remotamente. Mas, em até 2 horas eu receberia o valor do aparelho em crédito em minha conta da Amazon para solicitar um aparelho novo. Até aí, achei “ok”, pois, posso pedir um aparelho novo e ficar com o outro até a chegada dele.
Aí perguntei sobre a devolução. Para minha surpresa NÃO TEM DEVOLUÇÃO. Posso DESCARTAR meu aparelho em algum ponto que recolha lixo eletrônico em minha cidade, segundo a atendente. Ou seja… o aparelho defeituoso em tese vai para o lixo.
Sabe o que penso? Nós brasileiros temos muito a aprender com os americanos. Eles sim, estão preocupados com a BOA EXPERIÊNCIA do cliente e não apenas com VENDAS.
Me lembrei de um episódio com a Ricardo Eletro em que comprei um computador pela Internet em 2014. Ele veio com defeito e precisei sofrer cerca de 3 meses com assistência técnica até ter um computador funcionando 100%. Sem falar no que gastei em ligações telefônicas – não era 0800 – combustível e estacionamento para ir na assistência em Belo Horizonte (MG), pois moro em Santa Luzia, região metropolitana. E ainda, fiquei sem um computador.
Sério, as pessoas preferem a boa EXPERIÊNCIA do que simplesmente uma boa compra.
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Feliz Dia do Jornalista
A foto é antiga, mas, o sentimento é o mesmo. AMO SER JORNALISTA!
Desde os tempos da escola me vi jornalista. Fui muito incentivada por meu professor (Oscar) a ser esta profissional. Não dessas que estão na frente das câmeras, mas, daquelas que vivem nos bastidores da notícia. Produzindo textos, artigos, matérias que pudessem impactar a vida de meus leitores.
Os anos foram passando e com o advento da tecnologia tornei-me especialista em Comunicação Digital e Mídias Sociais. E podem ter certeza, se sou quem sou hoje, é pelo fato da jornalista que me tornei ao longo dos anos. Desde minha primeira matéria publicada em setembro/94, no Jornal O Liberal, em Dores do Indaiá, até minha última palestra sobre Influenciadores Digitais, semana passada em BH, não tenho dúvidas: AMO MINHA PROFISSÃO. Atuo em uma nova vertente dela, fato, mas, não muda quem sou.
Já trabalhei em assessoria, rádio, jornal, revista, sites e portais de notícia.
Tenho o privilégio de ter no rol de mentores pessoas que conheci pessoalmente e que me deram conselhos/ensinamentos valiosos que carrego comigo como Dídimo Paiva, Ricardo Kotscho, Hila Rodrigues, Miriam Leitão, Sérgio Abranches, Heródoto Barbeiro, Fabiana Arreguy, Itamar Mayrink, entre outros que com certeza vou esquecer o nome.
Feliz Dia do Jornalista!!!P.s.: Não fui, não sou e nunca serei daqueles que tem vergonha da própria profissão e que até “rasgariam” o diploma. Vivi quatro anos intensos e muito importantes na Faculdade e tenho muita gratidão pela minha trajetória. 💕🙏🏻🎓
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Adobe Sensei – uma nova experiência na fotografia
Olha que sensacional este projeto da Adobe que transforma uma simples selfie em uma experiência quase “profissional” no próprio smartphone a partir da Inteligência Artificial.
Se você estava vivo há 20 anos, sabe bem que ainda usávamos fotografia analógica em filmes Kodak ou Fuji. Quando imaginaríamos este tipo de experiência? Lembre-se, o ponto chave no sucesso destas novas tecnologias estão pautadas em experiências.
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Influenciadores Digitais – um canal vivo de comunicação
Participei de dois encontros presenciais falando sobre Influenciadores Digitais. O projeto Conectados é realizado mensalmente, trazendo temas atuais do meio digital, liderado pelo professor Gutenberg Almeida da UNA, em Belo Horizonte/MG.
O professor Gutenberg abriu o evento contextualizando o mercado e esta prática que não é nova – de pessoas muito conhecidas emprestarem suas imagens para uma marca/produto – em troca de money, permuta, etc.
“O livro ‘Como fazer amigos e influenciar pessoas (1ª edição 1936) mostra isso.”
De cara, uma das informações que mais me chocou foi o Google Trends mostrando a diferença entre as buscas dos termos blogueiros, influenciadores e youtubers. YouTubers está disparado na frente. Ou seja, se apresentarmos o termo influenciadores digitais para muitos de nossos clientes, eles sequer vão entender do que falamos. Daí a importância do cuidado ao usar termos técnicos com possíveis clientes.
Também foi apresentando um estudo do YouPix com o nome Influencers Market e um vídeo muito interessante do sobre Influencers.
Gutenberg apresentou o Ciclo de Gartner que fala da vida de um produto/serviço e que isso vai depender do local que a empresa/marca se encontra no momento:
“Nosso desafio é enxergar o influenciador como um canal (VIVO) de comunicação”, concluiu.
No 1º dia participaram do evento um dos co-fundadores da plataforma Kornerz, Khalil. Ele apresentou a ferramenta que une empresas e influenciadores, com o objetivo de ser um intermediador, dentro das expectativas e objetivos de cada um.
A 3ª apresentação foi do Felipe que trabalha em uma agência que contrata influenciadores que ele chama de profissionais (ou não profissionais). “Os não profissionais ainda não monetizam em cima das postagens, permutas e é bem legal trabalhar”. Bem interessante a fala dele sobre os bons resultados obtidos ao se mapear e contratar microinfluenciadores, mas, também o cuidado com o background de cada um para obterem bons resultados. Inclusive, a análise que fazem de perfis que compraram seguidores que “são facilmente desmascarados” neste processo. Este tipo de ação com microinfluenciadores parte do ponto de vista de quando não se tem tanto budget para esta ação.
Dicas:
- Saber exatamente qual público pretende atingir
- Selecione o nicho
- Analisa o engajamento e alcance do influencer
- O primeiro contato é feito como pessoa física e não pela agência.
- Adequar a linguagem para conversar com microinfluencer
- Manter contato com o influencer durante a ação.
- O engajamento é muito maior quando o post/foto é produzida pelo próprio influenciador
- Mensuração
Dica para o influenciador:
- Ter um objetivo e saber claramente sobre o que pretende falar.
A 4ª apresentação foi um case do Bruno Marco da Founders falando sobre a campanha da Itambé chamada #Itambest que contou com a participação dos Influencers globais: Mariana Rios, Rodrigo Simas e Giovanna Lancellotti. A ação de branding movimentou as redes sociais da Itambé que premiou vencedores semanais com uma GoPro e dois vencedores ao final da campanha com duas viagens sugeridas para Paris ou Caribe. Aqui, falando do ponto de vista de quando a marca tem budget para investir na contratação de pessoas mais conhecidas.
Uma fala muito interessante foi da Ayala Melgaço (Mafalda Comunica) sobre o fato de pessoas que colocam em suas “bios” que são influenciadores digitais. “Quem é influenciador de fato não precisa dizer que é, as pessoas sabem”.
Ao longo da discussão profissionais do mercado de BH falaram sobre suas experiências e o público interagiu com perguntas. Entre eles Alexandre Borges, Ayala Melgaço, Bruno Marco, Felipe Xavier, Khalil Jezini, Lu Moraes, Lucas Azevedo, Lucas Vitorino, Magno Martins e eu.
Destaco alguns insigths dos participantes da mesa:
“É preciso pensar nesta responsabilidade social que há no envolvimento tanto da marca com o influenciador, quanto do influenciador com a marca. Se alguém agir errado no meio deste processo, ambos podem ter um belo arranhão em seu nome”.
“Se não houver transparência entre os influenciadores e as marcas, isso não será realidade para o público”.
“Não é só contratar um influenciador digital e fazer um post bonito. Há todo um planejamento digital em que a ação do influencer é apenas uma das partes dele. Um post em si, sozinho não trará resultados, mas, toda a estratégia em andamento”.
“O Marketing tem essa mania de criar novos nomes para práticas que já existiam, como esse de ‘influenciadores digitais'”.
“A questão não é se os influenciadores vão acabar. Assim como aconteceu com os blogueiros, eles não morreram, mas, se transformaram. A questão é como o conteúdo vai se transformar para atender as demandas. Exemplo: vídeos em 360º graus que vão além do relato, mas, geram uma experiência para o internauta”.
“O desafio da comunicação é como construir conteúdos para não se tornar mais do mesmo”.
“Os influenciadores levam as pessoas a realizar uma ação. Todo mundo conheceu aquele cara na escola que quando ia em uma festa, todos também queriam ir. Se tinha determinado tênis, era a mesma coisa”.
“Quando eu contrato um influenciador, não quero que ele exponha minha marca – tenho outros meios para isso. Quando contrato um influenciador quero que ele faça as pessoas agirem, ir até minha loja adquirir meu produto”.
“Nem sempre o influenciador digital fará uma campanha para ter relação com a marca para o resto da vida. Podem ser campanhas sazonais como Natal, Dias das Mães e tal. A campanha vai servir para vender”.
“Quando pensamos. O influenciador apenas como um canal de mídias, temos esse ‘medo’ dele acabar. Mas, quando falamos um canal vivo de comunicação, sabemos que ele se transforma”.
“Antes chamávamos os influenciadores de formadores de opinião”.
“Tem dinheiro para investir? É melhor você fazer um post pago do que comprar seguidores”.
“O combo do fracasso é você comprar seguidores e colocar na sua bio que é um influenciador digital”.
“É importante ter bons valores agregados ao seu nome (seja marca, seja influenciador)”.
“É importante construir conteúdo relevante para o blog, o Google aponta os internautas para ele”.
“Contratar um influenciador apenas não vai resolver todos os problemas de sua marca. A estratégia de comunicação como um todo, sites e redes sociais bem atualizados, coerentes, sim”.
Outro ponto abordado no debate foi sobre identificar um post como Merchan/Publi ou não. Foi falado que o próprio YouTube exige que seja informado no vídeo quando ele é merchan. O publipost precisa ser identificado para não enganar o internauta.
No 2º dia do Influenciadores Digitais após a apresentação do professor Gutenberg, Magno Almeida apresentou o TCC dele que foi pautado em um vídeo da youtuber Jout Jout com a marca Narin.
Super vale a pena assistir ao vídeo.
Alguns pontos que ele destacou:
- Criador de conteúdo: são denominados todos os usuários atuantes na plataforma YouTube.
- YouTuber é um termo criado pela mídia de massa para determinar as atividades de criadores de conteúdo do YouTube.
- Influenciador digital: indivíduos que possuem popularidade elevada em redes sociais diversas.
Ele destacou os diferentes tipos de Merchandising:
- Merchandising unboxing: a marca envia seu produto para o criador de conteúdo do YouTube avaliar. (Vídeos em que você vê o youtuber abrindo a caixa e usando o produto).
- Review: análise de algum produto ou serviço após a utilização.
- Ranking: lista de produtos de uma determinada marca.
- Presença VIP: comparecer em festas, eventos, visitas entre outros.
- Campanhas institucionais: representante de um novo produto e/ou serviço de uma empresa.
Cuidados do Influenciador:
- Compreender seu poder de influência.
- Pesquisar sobre a atuação da empresa no mercado.
- Ser transparente com seu público – informar quando é merchan.
- Demonstrar a experiência mostrado no merchan.
Fizeram parte da mesa neste dia Ayala Melgaço, Magno Almeida e eu, sob o comando do prof. Gutenberg.
Foram mais de 120 perguntas enviadas pelos participantes dos dias dias. Algumas muito interessantes e outra que nos dão vontade de chorar. O Magno fez um ótimo post compilando estas perguntas. Vale a pena conferir!